segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Assim eu sigo

Eu particularmente acho que nós nos descrevemos por aquilo que nós não somos, por quê? Porque quando nós nos descrevemos estamos falando do nós éramos e não do realmente somos hoje... mas para tentar entender como cheguei aqui, acho que posso descrever um pouco sobre mim de forma cronológica:

0 Nasci e cresci no interior de Mostardas 
5 anos nos mudados para a cidade de Mostardas fui para a pré-escola, 
6 entrei no primeiro grau, 
13 no segundo grau em um internato 
14 me batizei adventista 
15 me desencantei com o adventismo 
16 comecei a amar uma menina e fiquei com ela 
17 faculdade de física na pucrs 
19 tive uma crise larguei os estudo por 1 ano, 
20 não passei no vestibular para outra universidade, voltei para pucrs
20 me apaixonei pelo meu estudo/trabalho 
25 terminei a faculdade, vim para recife fazer mestrado 
26 terminei o mestrado, entrei no doutorado 
30 terminei o doutorado, entrei no pos-doc 
31 terminei 1 pos-doc, comecei outro 

32 anos (em 2013) 
– me separei da minha amada (a mesma dos 16 anos) 
– me desencantei com meu trabalho 
– terminei o outro pos-doc, entrei num no qual não tinha identificação nenhuma 
– desisti da vida, de procurar algum sentido nela 
– e em dezembro de 2013 (com 33 anos), milagrosamente, chego no CEBB Darmata para virada de ano,  

34 anos, no final de 2014 num dezembro qualquer, cheguei no departamento que trabalhava e disse, estou indo embora vou morar num centro budista… 

Assim, quando olho o passado eu vejo o que o Lama Padma Samten disse:
"Vocês olhem para trás nesta vida, vocês vão encontrar a transmigração. Se vocês quiserem olhar para trás nas outras vidas, vocês vão encontrar transmigração. Se tem alguma coisa constante nas vidas, nós vamos encontrar é a transmigração. Nós sempre buscando uma outra coisa."
Muitas vezes na minha vida eu ouvi: "Vagner tu tem mais sorte que juízo!", isso por um tempo me irritou, parecia desmerecer o meu movimento, como se tudo tivesse caído do céu... mas no fundo foi exatamente assim. Nessa vida, eu não fui arrastado, eu fui guiado, uma grande número de seres me ajudaram, eu sinto essa corrente positiva de seres, tenho profunda gratidão a todos eles. 

Por isso para mim agora é natural dedicar a minha vida tentar trazer benefício, e se não for possível beneficiar pelo menos não trazer sofrimento e assim eu sigo...